Há mais de um século tradicionalmente, homens vestidos de branco, guiados pela luz das tochas, uma cruz e aos sons de matracas rompem o silêncio da madrugada e saem em procissão pelas ruas de Maruim, cantando, rezando e pedindo a purificação dos pecados e das almas que estão no purgatório na Sexta-feira da Paixão.
Em filas e a passos largos, eles fazem paradas obrigatórias em igrejas e capelas de Maruim. De portas fechadas, o ritual de cânticos e orações originais criados pela comunidade prosseguem, como forma de pedir remissão dos seus pecados diante de Jesus Cristo.
A tradição é acompanhada por muitos moradores da cidade, seja pelas ruas, praças ou nas portas dos Templos Sagrados.
O ato dos penitentes não é reconhecido como sacramento pela Igreja Católica, mas é respeitado por fazer parte da tradição religiosa-cultural que é passado de geração em geração.
Em 2022, o Grupo de Penitentes de Maruim foi reconhecido como Patrimônio Imaterial e Cultural de Sergipe através Projeto de Lei Ordinária Nº 112/2022, de autoria da então deputada Kitty Lima (Cidadania).
Por Lohan Muller, jornalista DRT 2391/SE
Fotos | Jhonata Teles