Situado às margens da BR 101, distante da capital Aracaju a 30 km. Maruim fora no início do século XIX um grande celeiro propício para economia da província, já diziam os grandes estudiosos da época. Assim também menciona o arquiteto Paulo Makalyster em seu trabalho de conclusão de curso: Patrimônio Urbano em risco: o desafio da preservação do porto velho em Maruim/Se, onde o autor afirma: “o comércio de Maruim funcionava como um vetor de desenvolvimento” trazendo um enfoque de que sua independência como vila em 1834, corroborou para seu crescimento comercial no Vale do Cotinguiba. Bem como as condições favoráveis de embarque e desembarques de grandes navios, fizeram com que Maruim, recebesse em suas terras estrangeiros que ali se instalaram contribuindo para seu forte comércio.

Paulo Makalyster apud Felte Bezerra (1984, p.97) “constata que a expansão do comércio em Maruim fez com ela se tornasse o maior núcleo de estrangeiros para o estado”, tal fato se comprova devido às terras férteis e a imensa mão de obra barata que atraíam aos grandes comerciantes, que ali se instalaram e fizeram crescer suas riquezas.
E de acordo com (Silva, 1994) ”Esses fatores compõem e são elementos determinantes para o crescimento e evolução da cidade, responsável por lhe conferir o status de mais importante pólo comercial de Sergipe no final do século XIX”.
Nos dias atuais o que temos a oferecer ao nosso estado? Eis a pergunta de muitos maruinenses que amam sua história a exemplo dos escritores: Joel Aguiar, Lúcia Marques, Hefraim Andrade, Eduardo Bittencourt, Lohan Muller e tantos outros, poetas, artistas, historiadores, pesquisadores etc. O que ainda resta da nossa história? De nossos costumes, nossas crenças, nossa religiosidade, nossa culinária, nossos prédios históricos, nosso folclore, nossa gente. Tudo isso demonstram nosso jeito sergipano de ser que precisamos deixar que se perpetue para os séculos que haverão de vir.
Maruim oferece seu povo que luta, trabalha e acredita em seu Estado. Que acorda cedinho para lida,… que suja suas mãos na terra para dela tirarem seu sustento e o nosso, …que faz nascer todos os dias a esperança de um mundo melhor, mais humano e igualitário,… que vê no nascimento de um ser humano a promessa de Deus se renovando a cada dia. E tem fé que esta tempestade que hoje “todos” estamos a enfrentar, com certeza vai passar.
Sergipe que é o país do forró, é o país da esperança, é o país da luta e é o país da fé e da certeza de que unidos destruiremos o corona vírus, e que não podemos desanimar, mas sobretudo confiar naqueles que nos orientam no combate do mal.
Parabéns Sergipe! Parabéns sergipanos arretados de bom!!!
200 ANOS DE LUTA, PERSEVERANÇA E FÉ.
Ser sergipano é um orgulho
Que alegra o fundo da alma
Ascende um fogo ardente
Que água nenhuma acalma.
Ser sergipano enobrece,
O coração da sua gente
Mesmo que triste fiquemos
A alegria nos joga pra frente
Ser sergipano é viver
E se alegrar com seu povo
Saber que o tempo passado
Nos impulsiona ao novo.

Joelma Martins é Licenciada em Letras Português (UNIT) e Bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFS). Pós-Graduada em Didática do Ensino Superior e Gestão Educacional. Escritora, Cordelista, Poetisa e Imortal na Acadêmica Maruinense de Letras e Artes, ocupa a cadeira Nº 8, cujo a patrona é Josilda de Mello Dantas.